Público alvo: 6-8 anos | simulacão | story building
Hey!
Forget about the legendary elephant in the classroom. Aquele que não servia para nada a não ser ocupar espaço e atrapalhar a gente. Já pensou em trazer um convidado inusitado e imaginário para a sala e se divertir com seus pequenos? Se não, vale a pena arriscar. Eu levei um pink elephant. Deixa eu contar.
Meu primeiro contato com storytelling, nesse caso mais uma story building, para pequenos em sala de aula foi com uma turma de alunos de 7 a 8 anos de idade – enquanto trabalhava na cultura Inglesa em Manaus. Eu havia começado a trabalhar. Era na verdade meu primeiro emprego formal como professora de língua inglesa. Eu tinha quase 19 anos. Foi totalmente inusitado e improvisado.
A turma era pequena. Nesse dia foram apenas 5 alunos. Era um dia de muita chuva. Eu havia feito um plano de aula normal que deveria ser apresentado à coordenadora antes de entrar em aula, mesmo que não fosse dia de observação. Era só um jeito de nos ajudar a melhorar nosso plano. Tudo corria bem até que após o listening uma das atividades foi um fracasso total. Pequenos brilhantes de 7 e 8 anos desinteressados, bagunçando geral e sem ânimo para colaborar com meus planos. Desespero! Ainda bem que não era dia de observação! O que fazer? Tive na hora um insight. Eram crianças, gostavam de brincar (apesar de eu já ter tentado as brincadeiras do meu plano). O que me restava fazer? Brincar ainda mais! Mas de quê? Com o quê? Foi então que eu decidi trazer um elefante para sala de aula. Sim! Um elefante.
Na atividade de listening que havíamos feito havia os sons de alguns animais, mas não havia o de um elefante. Além disso o que os alunos deveriam aprender nesse dia era ‘would you like to’ com a lição ‘would you like to come to the zoo with me?’. Acho que era isso. Foi por meio disso que o elefante me veio à mente assim tão repentinamente. Eu disse aos pequenos que tinha um elefante lá fora “There’s an elephant outside. Can you hear it?” e então abri a porta e fingi colocar um elefante para dentro com todas as dificuldades reais. Eles ficaram parados e com olhos sorridentes. Lembro-me como se fosse hoje. Não acreditavam que eu estava fazendo aquela besteira, imagino.
How was it?
Foi algo parecido com isso que a minha memória me permitiu guardar e descrever aqui.
“Come in! Come in! Hey everyone, do you like my elephant? It is big and beautiful. Isn’t it? What color is it?”, this I asked and they started saying colors. “It is not white, nor black or green. It is pink”. They all exclaimed ‘pink, teacher!’ and laughed. “Yes! Pink! I have a pink elephant”. They laughed again. “Would you like to come and ride my elephant?” They did not understand. Then I pretended that I was riding a big fat elephant and they soon started saying “Me, teacher! Me!” I was shocked. They were finally paying attention to what I was saying and more, they were willing to participate. It was this way that I got them to come ride my elephant and invite others to come with them by saying “would you like to ride my elephant?” While others would say “yes, I would” and come also pretending they were riding a big fat elephant. It was funny and remarkable. I never forgot their enthusiasm and how naturally they were saying “would you like to ride my elephant? Yes, I would!”
Simulating technique – the pink elephant
O que tudo isso me ensinou? Acima de tudo esta experiência me ensinou a simular. Simular algo em sala de aula para ilustrar uma história que se constrói no ato da fala. É criativo, é despojado, é imprevisível e acima de tudo significante na medida em que vira memória compartilhada. É uma técnica que vale a pena ser aprendida e usada por pais e professores. Não se trata de mentir e inventar história para os pequenos. Nossos pequenos sabem que se trata de algo imaginário e por isso mesmo entram na brincadeira.
O que eu faria se fosse hoje?
Well, faria tudo de novo (já fiz). Não o plano A, exatamente, a improvisação que deu certo. Dessa vez, porém, com preparo especial. E certamente torcendo para dar certo novamente. Como saber sem experimentar, não é? Incluiria pequenas atividades de follow-up mantendo o elephant e tudo que a imaginação deles (os pequenos) permitisse. E mais importante, lembrando sempre de que o principal sucesso dessa ideia foi o quebra-gelo e o envolvimento da turma – o que fez todo o resto fluir. Você pode fazer o download do plano aqui.
Atividades possíveis:
- color the elephant your favorite color.
- name your elephant. Share with classmates (mingle). Find similar names.
- which other animal do you see in the classroom?
- where is this [animal]?
- there is a… on my desk.
- would you like to bring another animal to class? Draw it and find a similar one in class.
- draw and share where you see the elephant now.
- what’s the elephant doing now? Tell your friend.
- and so on depending o the lesson target.
E então? Quer trazer um convidado para sua próxima aula? Ou para seu próximo encontro com seus pequenos em casa? Por que não, né?
P.s: dedico este post especialmente a querida Kesa Leth (em memória) que durante um peer-observation nessa mesma turma ensinou-me a melhorar minhas instruções para os pequenos, coisa que nunca mais esqueci; e à Rina Barreiro que ao receber meus planos de aula sempre sabia como ativar meu pensamento crítico e senso de planejamento. Obrigada!
Leave a Reply