Qual a sua tribo?

Sem dúvida, os diferentes conceitos dados a comunidade de fala (ou lingüística) são reflexo da diversidade de interesses dos estudos lingüísticos. Dessa forma é coerente que o conceito dado por Gumperz, um sócio-interacionista, dê prioridade a aspectos de interação entre os membros de uma comunidade, assim como é natural que Hymes, um etnolingüísta, enfatize o fato de que o sentimento de comunidade compartilhado pelos membros seja mais importante. Continue reading Qual a sua tribo?

Heterogeneidade linguística

A concepção heterogênea de língua defendida por Labov é resultado da assunção definitiva do aspecto social da linguagem que traz em seu bojo o estudo dos diversos condicionadores sociais que operam na variação e mudança lingüística. Como lembra Dorian (1994 apud MONTEIRO, 2000, p.58), “a heterogeneidade lingüística reflete a variabilidade social e as diferenças no uso das variantes lingüísticas correspondentes às diversidades dos grupos sociais e à sensibilidade que eles mantêm em termos de uma ou mais normas de prestígio”.
Continue reading Heterogeneidade linguística

Heterogeneidade linguistica

A língua, minha gente, é livre e boa, nós é que a aprisionamos em nossos modelos ‘clássicos’ e ”necessários’ de comunicação que demanda a sociedade. A característica fundamentalemente social da língua (aqui está minha visão de sociolinguista) permite que isso (a variação e mudança) aconteça. Permite que no imenso território brasileiro encontremos ricas variedades do português ‘bem dizido’. É linda a língua livre. Continue reading Heterogeneidade linguistica